terça-feira, 13 de abril de 2010

Promotor irá recorrer da sentença de maus-tratos


Promotor irá recorrer da sentença

Justiça condena padrasto e mãe de Pedrinho a 7 anos de prisão

Casal vai cumprir a pena em regime semi-aberto

12/04/2010 - 16:22

EPTV

O casal Juliano Gunello e Kátia Marques foi condenado nesta segunda-feira (12) em primeira instância a sete anos de prisão em regime semi-aberto pelo crime de maus tratos no caso da morte do menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, o Pedrinho.

A sentença foi dada pelo juiz Silvio Ribeiro de Souza Neto, da segunda Vara Criminal de Ribeirão Preto. A decisão foi baseada no laudo da equipe de nove peritos da USP que apontou fraturas em duas costelas e no pulso do garoto, o que teria desencadeado o quadro de embolia pulmonar gordurosa o levando a morte.

O advogado do padrasto e da mãe do menino, Luis Carlos Bento, disse que vai recorrer e que o casal deve ficar em liberdade até o julgamento do recurso.

A sentença não agradou a Promotoria que também vai recorrer da decisão. Segundo o promotor de Justiça, José Roberto Marques, os acusados deveriam ter sido condenados pelo crime de tortura seguida de morte, o que resultaria em pelo menos nove anos de prisão em regime fechado.

O caso agora segue para o Tribunal de Justiça de São Paulo que pode confirmar a prisão do casal. Se o TJ decidir pela não confirmação, o processo deve seguir para instâncias superiores.
Caso

O menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, de 5 anos, morreu no dia 12 de junho de 2008. Na época, o padrasto, Juliano Gunello, e a mãe da criança, Kátia Marques, alegaram que o menino passou mal após ingerir acidentalmente um produto químico. O laudo oficial, porém, não apontou sinal de substância tóxica.

Os exames feitos na criança detectaram as fraturas que não eram recentes. O casal alegou que o ferimento no pulso foi causado por uma queda sofrida dentro da ambulância em que Pedrinho foi levado para o hospital. Mas eles foram desmentidos pelo laudo. Os peritos classificaram o conjunto de agressões como “síndrome da criança espancada”.

Fonte: http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.aspx?294958

Um comentário:

  1. Confio no trabalho do promotor José Roberto Marques e acredito que ele não deixará que o caso do Pedrinho seja tratado como maus-tratos, visto que ele tem certeza e ciência que o caso trata-se de tortura.
    O Pedrinho foi agredido de forma selvagem, Pedrinho morreu em agonia !
    Nada trará a vida do pequeno de volta, mas é necessário que se faça Justiça.

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