A "mãevalda" do Pedrinho, que estava foragida, foi presa
O padrasto carrasco está preso desde o dia 19 de fevereiro
Que paguem por todo mal que fizeram ao pequeno anjo.
Foi presa na noite de 1º de março de 2016, em Ribeirão Preto (SP), a secretária Kátia Marques, condenada por torturar e matar o filho Pedro Henrique Rodrigues, o menino Pedrinho, em 2008. Ela estava foragida desde o dia 19 de fevereiro, quando o padrasto do menino também foi preso.
O pedido de prisão do casal foi baseado na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que mudou a jurisprudência sobre a prisão para o cumprimento da pena, autorizando que ela ocorra antes do trânsito em julgado – quando não há mais possibilidade de recursos.
Kátia Marques e o empresário Juliano Gunello foram condenados em segunda instância pela morte do menino. Kátia recebeu sentença de nove anos e oito meses de prisão e Gunello, dez anos e dez meses. Ambos em regime fechado, mas respondiam ao processo em liberdade.
Kátia foi presa em uma casa do Parque Ribeirão, na zona oeste da cidade, após denúncia anônima. Ela era procurada há 11 dias, depois que o promotor do caso, José Roberto Marques, pediu a prisão da mãe de Pedrinho e do padrasto do menino, preso no mesmo dia.
"Ela percebeu pelo vidro da sala e correu até o quarto, eu entrei, perguntei o nome dele e de imediato disse que o nome dela era Kátia e que encontrava-se foragida pela Justiça", disse o cabo da polícia Márcio Flordelis.
Ela foi presa em flagrante e levada para a cadeia de Cajuru (SP) na quarta-feira (2). Na tarde de terça, o advogado de defesa Luiz Carlos Bento, já tinha entrado com pedido de habeas corpus para a soltura do casal.
O caso
Em 12 de junho de 2008, Pedrinho, que morava com a mãe em Ribeirão Preto (SP), morreu com suspeita de maus-tratos. Kátia alegou que o filho havia ingerido, acidentalmente, um tira-manchas conhecido como semorim.
A versão foi contestada por laudo de sete peritos do Centro de Medicina Legal (Cemel) e da Universidade de São Paulo (USP). Eles concluíram que a causa da morte do menino foi embolia pulmonar gordurosa, provavelmente provocada por uma fratura no pulso. Foram encontradas, também, pelo corpo de Pedrinho, 64 equimoses, indicando agressões em diferentes datas, e uma costela quebrada.
Kátia e o padrasto do menino, Juliano Gunello, disseram à Polícia que a fratura no pulso havia sido provocada pelos paramédicos que socorreram Pedrinho. O argumento não convenceu a Justiça. Eles foram condenados, em primeira instância, por maus-tratos seguidos de morte.
O Tribunal de Justiça de São Paulo mudou o crime para tortura seguida de morte e aplicou ao casal penas diferentes. Kátia recebeu nove anos e oito meses de prisão e Juliano, dez anos e dez meses. Ambos em regime fechado. Eles respondiam ao processo em liberdade.
Fonte: G1
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